Fluminense e Barcelona, Barcelona e Fluminense

É, o título deste post faz alusão a uma das melhores zoações já feitas contra um time de futebol. Mas acaba sendo uma referência irônica, pois o Fluminense atual é todo ano campeão e com grandes chances de ser o papão de títulos nesta década. Além desses fatores, há outra semelhança com o Barcelona: as peneiras de Xerém revelam tantos (ou mais) talentos que as "Canteras" catalãs.

E Muricy fez escola

Fui ao estádio pra ver o Fla-Flu de hoje. Sem replay, sem comentarismo de arbitragem e acompanhando o jogo apenas pelo que via em campo, me dei conta que Abel e seu Fluminense são uma reencarnação daquele São Paulo tricampeão brasileiro. O que é um desserviço ao futebol.

Thiago Neves é seleção

Será o terceiro post seguido em que vou abordar o mesmo tema, peço paciência. Mas é uma evolução: primeiro, o fato de que não temos jogadores decisivos. Depois, Adriano, a remota esperança. E agora, uma opção possível: o camisa 10 do Fluminense.

Adriano é seleção

O novo camisa 10 da Gávea é uma questão de fé: você acredita ou não que "agora vai!". Pelo histórico recentíssimo, estou no time dos céticos. Mas uma coisa não posso negar: caso aconteça o milagre de Adriano voltar a jogar bem (e por um período razoável de tempo), amarelinha nele, e rápido. Não só pela qualidade, mas pela confiança de ter um jogador que não afina pra decidir, causando temor no adversário.

Além do que é visto em campo

Começo a escrever este texto após o segundo gol do México na decisão do ouro olímpico. O futebol dessa Seleção me fez voltar a torcer por ela desde os amistosos do meio do ano. A postura agressiva, a opção de Mano Menezes pela ofensividade sólida com talento, a variação de jogadas e a confiança de reverter resultados adversos dão outra experiência ao torcedor. Porém me entristece e me assusta ver tanta gente boa em campo mas sem nenhum poder de decidir uma partida.

Apitaço

Rodada após rodada, seja qual for o campeonato, lá está um clamoroso erro de arbitragem pra alimentar a polêmica. O Globoesporte.com já possui até uma vinheta para ele no seu "Pacotão da Rodada", na certeza de que sempre haverá um juiz decidindo um resultado pela sua incompetência. E o script se repete: os prejudicados lacrimejam e urram por justiça, moral e bons costumes; os beneficiados saem "à francesa", fingindo que não é com eles (até serem prejudicados). E nunca, nunca cobram uma arbitragem decente.

É difícil ser ídolo

O Brasil x Argentina de hoje deu gosto de ver, como a maioria dos jogos da excursão da Seleção pré-olímpica. Mais uma vez os meninos de Mano não se intimidaram e só não saíram com a vitória porque do outro lado existe um alienígena chamado Messi. Mas o que me entristece é perceber na torcida brasileira um prazer em ver Neymar por baixo. Bipolaridade das arquibancadas ou inveja do sucesso? Seja o que for, acho que precisamos abraçar o maior craque do nosso país.

Torcedor é isso aí

"CENTO e cinqüenta mil pessoas compareceram, ontem, ao Maracanã, para assistir ao segundo encontro entre as seleções do Brasil e de Portugal, proporcionando a espetacular arrecadação de quase Cr$ 30 milhões. Novamente os lusos preferiram a tática defensiva, recuando bastante os seus jogadores com o objetivo de fugir a uma goleada. E foram bem-sucedidos. O placar, após os 90 minutos de jôgo acusava a vantagem dos brasileiros de 1 x 0, tento de Pelé, aos 10 minutos da fase complementar.

Sobre eficiência

Messi, Neymar e Ronaldinho Gaúcho são os assuntos recorrentes das mesas redondas e dos papos de bar no Brasil hoje. Olhados com lupa por todas as torcidas, logo em seguida começam as reflexões e vaticínios sobre o presente e o futuro de cada um. Mais do que o futebol bonito, o pano de fundo de toda a discussão parece ser um só, ainda que não assumido: a eficiência.

Mesquinharia exposta

Depois de ver um lançamento primoroso de Ronaldinho no primeiro tempo do jogo de ontem, após voltar ao meio-campo cheio de vontade, fiquei impressionado. Não com o talento do camisa 10, mas em como certos jogadores que sabem tudo de bola têm critérios mesquinhos para tocar a sua carreira. E a partida que o Gaúcho fez ontem só expôs esse aspecto.